100 mil mortes: o preço pela irresponsabilidade no enfrentamento à Covid-19

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Por Sergio Luiz Leite

Infelizmente, atingimos a triste marca de 100 mil mortos pela Covid-19. Desde o início do ano, quando o coronavírus começava a se espalhar pelo mundo, presenciamos uma série de desencontros nas estratégias de enfrentamento ao avanço da doença no Brasil, ocasionando uma grave crise social. Em pouco tempo, milhares de vidas foram perdidas e a sociedade vive a experiência do luto junto às dificuldades para realização de funerais e cerimonias de despedida.

Milhares de mortes poderiam ter sido evitadas se o governo tivesse seguido orientações de especialistas em saúde pública e protocolos internacionais. No entanto, houve omissão e má administração dos recursos disponibilizados, já que apenas 29% da verba contra a Covid-19 foi gasta.

Estes fatores têm resultado na queda das taxas de isolamento e, consequentemente, no aumento do numero de óbitos. Diante disso, são muitos os desafios a serem superados, por isso, no próximo dia 7 de agosto, teremos o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos. Momento para exigir das autoridades uma agenda para retomada da economia que proteja a classe trabalhadora, preservando vidas, garantindo emprego, renda e valorizando o SUS.

Em tempo, no fim de semana em que deveríamos honrar nossos pais, figura que representa proteção e amparo, estamos consternados justamente pela irresponsabilidade e descontrole diante de um dos períodos mais graves de crise sanitária do mundo.

Manifestamos o nosso mais profundo sentimento e solidariedade a todas as famílias que perderam seus entes queridos. Famílias que foram atingidas diretamente pela doença, ou então que foram desoladas por conta da saturação do sistema de saúde.

No dia de hoje, vamos reservar um momento para prestar nossas homenagens. São 100 mil mortos.

Sergio Luiz Leite, Serginho
Presidente da FEQUIMFAR e
1º secretário da Força Sindical

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