Além de teoria, capacitação terá visita técnica a uma usina da região de Bauru
Líderes sindicais de Araçatuba, Ipaussu, Marília, Presidente Prudente, Itapetininga, Rio Claro, Santos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Bauru, do Estado de São Paulo, e de Catalão, em Goiás, estão em Bauru participando do Treinamento NR-13, a Norma Regulamentadora que estabelece os requisitos mínimos para gestão de caldeira a vapor, vaso de pressão e tubulação visando a segurança e a saúde dos trabalhadores.
O curso, que começou nesta segunda-feira, dia 28 de novembro, e vai até quarta-feira, dia 30, tem por objetivo capacitar sindicalistas a identificar riscos de acidente envolvendo estes equipamentos em usinas de álcool e açúcar e a adotar as providências corretas em caso de constatação de problemas ou de denúncias feitas pelos trabalhadores.
Acidentes com caldeira a vapor, vaso de pressão e tubulação geralmente são gravíssimos e causam mortes. Por isso, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar), com apoio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Bauru e Região (Sindquimbru), está realizando o curso que é dividido em parte teórica e prática. Nesta segunda-feira, logo após a abertura realizada por Edson Dias Bicalho, secretário-geral da Fequimfar e presidente Sindquimbru, João Donizeti Scaboli, que é diretor do Departamento de Saúde do Trabalhador da Fequimfar, diretor da Secretaria de Saúde da Força Sindical São Paulo e da Força Sindical Nacional e também conselheiro do Conselho Nacional de Saúde, ressaltou a importância dos sindicatos, assim como os movimentos sociais, ocuparem seus espaços nos conselhos, comissões e demais órgãos colegiados de saúde e de saúde do trabalhador.
Em sua palestra aos líderes sindicais, Scaboli lembrou que o mundo sofreu profundas transformações tecnológicas e organizacionais no âmbito do trabalho. “O impacto desta mudança é mais pressão, competitividade e exigência de produtividade. São impactos nocivos aos trabalhadores que, muitas vezes, são obrigados a alçar novos patamares de produção seja na utilização de novos equipamentos e tecnologia como também de processos e máquinas. E, como resultado, a cada dia surgem novas formas dos trabalhadores adoecerem e até morrerem”, frisou. O papel dos sindicatos, avalia, é de fiscalizar, cobrar e propor soluções para ambientes de trabalho que representem risco à saúde do trabalhador, mas também de participar de conselhos, comissões e demais órgãos colegiados de saúde e de saúde do trabalhador que têm influência na decisão de políticas públicas e de leis para a área.
Ainda na parte teórica do curso, o engenheiro João Rodrigues, especialista na área, vai explicar vários aspectos sobre caldeira a vapor, vaso de pressão e tubulação visando qualificar os dirigentes sindicais a atuar em casos em que haja denúncia de risco de acidentes envolvendo estes equipamentos. Na parte prática, na terça-feira à tarde, será realizada visita técnica na Usina Ipiranga, em Iacanga, onde os líderes sindicais terão a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam. “O objetivo é instruir o dirigente sindical a que observar se ele tiver acesso liberado ao lugar onde o equipamento está instalado e quais medidas adotar, qual órgão acionar para fazer a fiscalização”, explica Edson Dias Bicalho. Felizmente, conta, nos últimos anos não houve registro de acidentes com caldeira a vapor, vaso de pressão e tubulação em usinas do Estado de São Paulo. Mas ele ressalta a importância do líder sindical estar capacitado para agir corretamente visando salvaguardar os trabalhadores. Além dos sindicalistas, participam do curso representantes do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) e do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Fonte: Imprensa STI Bauru.