Cinco milhões de acidentes de trabalho e 15 mil vidas, vítimas das péssimas condições de trabalho entre 2012 e 2017

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Foram quase cinco milhões de acidentes e doenças do trabalho registradas entre 2012 e 2017.

Conforme o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ronaldo Fleury “são 2.500 famílias que ficam órfãs a cada ano devido à negligência de empregadores que não consideram o trabalho seguro como condição para o trabalho digno”.

A maior parte dos acidentes e mortes no trabalho ocorre com homens na faixa etária de 18 a 24 anos e exercem atividades de baixa remuneração. O levantamento também revela que, no decorrer desses últimos cinco anos, o número de acidentes fatais com máquinas e equipamentos (1897) é três vezes maior do que a média das outras causas (677); e as amputações (22899) são 15 vezes mais frequentes do que a média geral (1471).

Os estados com mais Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT) são, em primeiro lugar São Paulo, com 37% de todos os registros do país, Minas Gerais com 10%.

Segundo os dados levantados, pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), os principais Comunicados de Acidentes do Trabalho (CAT) são: por cortes, lacerações, feridas contusas ou puncturas (636.411 casos – 21,03%). fraturas (529.360 casos – 17,5%), contusões e esmagamentos (476.283 casos – 15,74%) e amputações (33.851 casos – 1,12%).

Os dados, no entanto são bastante subestimados, somente no ano de 2016 os acidentes e doenças ocupacionais atingiram numero dos cinco anos registrados pelo (INSS), conforme relatório da (Fundacentro) Fundação Jorge Duprat Figueiredo.

Um dos principais ramos de atividade, responsáveis por tamanha destruição dos operários são os frigoríficos que, segundo pesquisas do ano de 2017, estão em segundo lugar quanto aos acidentes e doenças ocupacionais.

Somente a mobilização dos trabalhadores em seus locais de trabalho, juntamente com os sindicatos combativos e de luta poderão impor uma derrota aos patrões e fazer com que eles resolvam tamanha carnificina, principalmente a partir da organização dentro das fábricas, com greves e ocupações.

Fonte: Jornal Causa Operária (04/07/2018).

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