Bariri: Sindicato critica demissões na Indústria de Plásticos

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Fabricação do Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível de Bauru e Região (Sindquimbru), Edson Dias Bicalho, discorda da forma como a Indústria de Plásticos Bariri procedeu para dispensar os trabalhadores.

“Trata-se de um oportunismo o que a direção da empresa está fazendo”, disse ele ao Candeia. “Quando surgiu a pandemia (do coronavírus), talvez era tudo o que queriam para dar um golpe em todos os cidadãos e pais de famílias de Bariri.”

Segundo ele, num primeiro momento a empresa quis se valer da Medida Provisória (MP) editada pelo governo federal para suspensão dos contratos de trabalho por quatro meses. Só que poucos dias depois o presidente Jair Bolsonaro revogou essa medida.

Bicalho afirma que posteriormente a direção da empresa embasou as demissões no artigo 486 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O dirigente sindical explica que essa questão deve ser discutida no âmbito da Justiça. De acordo com ele, mesmo se empresa conseguir provar que paralisou as atividades por decisões governamentais para enfrentamento da doença, a União teria de indenizar 40% da multa do FGTS e aviso-prévio indenizado. O restante dos direitos trabalhistas ficaria a cargo da empresa.

A orientação do Sindquimbru é que os funcionários demitidos procurem a Justiça do Trabalho. O sindicato irá dar assistência aos trabalhadores para que a indústria pague o que deve a cada um, considerando bloqueio de bens e contas bancárias.

Bicalho diz que a atual administração da empresa não dialoga e toma decisões sozinha, sem dar satisfações ao sindicato.

Ele menciona problemas de atraso de pagamento do salário e do vale, não pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) referente ao ano passado e não recolhimento do FGTS há dois anos.

O sindicato fez denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre os atrasos e péssimas condições de trabalho na indústria, com material robusto. Segundo Bicalho, até o momento não houve a fiscalização na empresa baririense.

Foto: Robertinho Colleta / Candeia

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