Nossa luta é pela vida

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O debate em torno do racismo chamou novamente a atenção devido ao cenário alarmante e fervilhante de atitudes racistas e preconceituosas no Brasil e no mundo. Casos como o de João Pedro, menino negro morto dentro de casa durante uma operação policial no Rio de Janeiro, de George Floyd, homem negro asfixiado por policiais nos Estados Unidos, mostram que essa desigualdade enraizada na sociedade segue fazendo vítimas que pagam com a vida por esse sistema de opressão.

Desde o processo da abolição, contamos décadas em que negros e negras são marginalizados e excluídos pela sociedade. A inserção na estrutura de classes, no que se refere a renda, escolaridade e ocupação segue também desigual, evidenciando o distanciamento do que é direito fundamental de igualdade, garantido pela Constituição Federal.

O racismo, o ódio e a injustiça social representam uma deformidade no mundo contemporâneo. As reações em massa em todo o planeta nos mostram que acontecimentos como estes devem ser repudiados, pois representam atraso e descompasso inaceitável nas relações sociais.

O enfrentamento ao racismo precisa ser mais do que posts e hashtags na internet, num movimento de indignação e sensibilidade sobre o tema. Precisamos combater o racismo por meio do diálogo, questionamento e conscientização. Ter, de fato, compromisso com a luta e disseminando o sentido real das palavras igualdade e oportunidade.

Vidas Negras importam.

Francisco Quintino,
Presidente do Sindicato dos Químicos de Rio Claro e Região e 
Diretor do Departamento de Promoção de Igualdade Racial da FEQUIMFAR

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