Em reunião por videoconferência, realizada hoje na sede da Força Sindical, dezenas de sindicalistas de todas as regiões debateram a atual conjuntura econômica e política do País.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, ressaltou a importância de debatermos propostas para o desenvolvimento, voltado para a geração de empregos, renda, inflação e as eleições deste ano. “É importante falarmos sobre os problemas que estão afetando todo o povo”, alertou.
“A desigualdade se amplia, o desemprego atinge índices alarmantes, assim como a carestia e a miséria que penalizam, principalmente, os menos favorecidos economicamente”, disse o líder da Força Sindical.
Sindicalistas da Força debatem conjuntura econômica e política
O coordenador de geral do Dieese (Departamento Intersindical de estatísticas e Estudos Sócio-Econômico ), Fausto Augusto Jr., fez uma apresentação sobre a questão econômica e sindical. Para ele, o povo brasileiro vive um cenário muito ruim, com uma inflação que ultrapassa 12% impacta diretamente na renda e no poder compra dos brasileiros.
“A estratégia do Banco Central de aumentar constantemente os juros tem pouca eficiêcia”, criticou Fausto Augusto. A volta da inflação, explicou, é resultando também da falta de uma política pública voltada para o desenvolvimento sustentável. “O governo Bolsonaro não tem uma estratégia para o estoque regulador e estamos assistindo o governo desorganizar a agricultura familiar”.
Sobre os aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis, o economista lembrou que isso impacta diretamente em toda economia, penalizando os mais pobres. “A Petrobras tem uma política que beneficia muito os acionistas”, apontou.
Segundo ele, o governo tem uma clara intenção de estrangular o movimento sindical. O economista também duras críticas a política fomentada pelos tecnocratas do governo e de setores da sociedade de transformar a negociação coletiva em acordos individuais.
O ex-ministro, Gilberto Carvalho, convidado para falar sobre política no Brasil, ressaltou a importância das eleições neste ano. No cenário atual, segundo ele, as eleições serão “uma guerra”. De acordo com ex-ministro da Casa Civil, a sociedade precisa ficar muito atenta ao “uso maldoso das mentiras, Fake News e distorções da realidade.
Ele fez duras críticas ao chamado “orçamento secreto”, que são verbas públicas destinadas a projetos definidos por parlamentares, sem muita transparência. “O governo tirou dinheiro de importantes políticas públicas da saúde e educação, por exemplo, para reforçar o orçamento secreto”. Carvalho sugeriu a formação de comitês populares para esclarecer a sociedade e fortalecer a luta por mudanças.
Neste momento, é necessário intensificar as nossas lutas, mobilizar a sociedade, “reunir a força da classe trabalhadora”, concordou o vice-presidente da Força , Sérgio Luiz Leite, o Serginho.
O presidente da Força Maranhão, José Ribamar Frazão, destacou a importância de dos movimentos sindicais e social no processo eleitoral. “Esse é o nosso novo Brasil pode ser diferente e depende de nós”, disse o presidente da Força Santa Catarina. Oswaldo Mafra.
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, defendeu a imediata a implementação de políticas que priorizem a retomada do investimento. Ele também falou que a próxima reunião da direção nacional acontecerá no próximo dia 23, segunda-feira.
Fonte e fotos: Imprensa da Força Sindical.