A base trabalhadora, o chamado chão da fábrica, ainda não está sintonizada com o real teor das reformas propostas por setores patronais e o governo Temer. Mesmo a PEC 55 – PEC da Maldade – tem simpatia em áreas que a enxergam como uma forma do governo gastar menos.
“A reforma que hoje mais agride as pessoas é a da Previdência. O trabalhador já percebeu que terá de contribuir muito mais tempo, trabalhando muitos anos a mais, pra chegar ao teto dos 65 anos”, afirma Sérgio Luiz Leite (Serginho), presidente da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo e dirigente nacional da Força Sindical.
Em entrevista à Agência Sindical, Serginho destacou que a batalha da comunicação é uma das etapas necessárias da resistência às reformas neoliberais. “Temos de chegar aos 48 milhões com Carteira assinada, ao grande contingente de informais e também aos aposentados. O sindicalismo precisa afinar o discurso junto a essa imensa massa”, pondera.
Com relação à Previdência, o sindicalista critica a postura meramente contábil do governo. “Eles só olham para o caixa e não têm a menor ideia do que é a vida de um trabalhador”, comenta.
Conceito
No que diz respeito à comunicação com a base trabalhadora, Serginho considera que o bordão “Nenhum direito menos!” tem força, mas ainda não mobiliza o suficiente. Por isso, ele reafirma a ideia de que é preciso massificar o discurso contra a reforma da Previdência “que é mais compreensível e mais próxima da experiência real do trabalhador ou de alguém da sua família, que já é aposentado, está pra se aposentar ou planeja uma aposentadoria melhor”.
Fonte: Repórter Sindical / Agência Sindical.