Na manhã desta quinta-feira, 28 de setembro, o Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região, representado por seus diretores, assessores e funcionários, participaram da Audiência Pública sobre a FURP e a política de medicamentos no Estado de São Paulo, na Assembleia Legislativa.
Além do Sindicato e da comissão de trabalhadores, também participaram dirigentes da da FEQUIMFAR, entre eles, Jurandir Pedro de Souza, diretor financeiro e Levy Gonçalves, diretor de Ação Sindical, Força Sindical SP, Força Sindical e CNTQ.
De iniciativa do deputado estadual Alencar Santana Braga (PT), a Audiência Pública foi realizada em atendimento a preocupação do Sindicato diante da política adotada pelo Governo Alckmin, Secretaria da Saúde e direção da FURP diante do não cumprimento de Convenção Coletiva de Trabalho nos anos de 2016 e 2017; queda na produção; turnos reduzidos, terceirização de serviços de logística, lavanderia; aumento do volume de compras de medicamentos produzidos pela iniciativa privada; fechamento das Farmácias Dose Certa; demissão dos trabalhadores concursados na unidade de Guarulhos e Américo Brasiliense, entre outras irregularidades que prejudicam os trabalhadores e população, enquanto usuários das Farmácias Dose Certa.
Presentes à audiência, os conselheiros de medicina, de saúde e de farmácia ressaltaram a importância da FURP na fabricação de medicamentos e declararam o apoio aos trabalhadores.
Antonio Silvan Oliveira, presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ, relatou o histórico da FURP e o desrespeito aos trabalhadores e à população, informações confirmadas por membros da comissão de trabalhadores da FURP presente ao evento.
O promotor de Justiça Arthur Pinto Filho, do Ministério Público – MP de São Paulo ressaltou que o Sindicato e trabalhadores devem se beneficiar a Lei da Transparência para acompanhar os contratos em vigência. Silvan ressaltou que alguns itens já foi objeto de esclarecimento – setores de logística, lavanderia – e que agora irá ampliar esta solicitação a todos os contratos.
Ao responder aos presentes, Durval de Moraes Júnior, superintendente da FURP, reconheceu que a FURP está passando por uma reestruturação e por uma política de recuperação com falta de demanda, o que certamente resultará em demissões, mas quando indagado, não quis confirmar o número de trabalhadores que serão dispensados. Quanto ao fechamento das Farmácias Dose Certa o superintendente confirmou a redução de atendimento motivou o fechamento das unidades e disse que há falta pontual de 2 medicamentos. Ao ser questionado sobre a unidade de Américo Brasiliense e a PPP e a licitação vencida pela EMS, ele explicou que a empresa criou a CPM para gerir a produção.
O deputado Alencar lamentou que o ajuste na FURP esteja sendo realizado em detrimento ao trabalhador e ressaltou que o Estado precisa buscar um equilíbrio sem prejuízo ao trabalhador e população. Alencar se colocou à disposição dos trabalhadores e sindicato para que se busquem novas indicações.
O vereador Paulo Landim do PT de Araraquara/SP e que acompanhou a demissão e reintegração de trabalhadores concursados de Américo Brasiliense pediu o apoio do deputado para a criação de uma comissão que averigue o investimento na fundação da empresa na região e todos os trâmites que levou à PPP e terceirização na produção.
Fonte: Troad Comunicação & Assessoria.