Por Dionízio Martins de Macedo Filho
Nas últimas semanas, temos visto muitas reportagens sobre o embate entre o governo e médicos peritos federais com relação ao retorno ao trabalho presencial.
No fim do mês de setembro, estivemos reunidos junto ao plenário do Conselho Nacional de Previdência Social para a 273ª Reunião Ordinária e discutimos sobre tema.
Durante avaliação da reabertura das Agências do INSS e das Unidades da Perícia Médica Federal, o presidente do INSS, Leonardo Rolim, e o secretário de Previdência, Narlon Gutierre Nogueira, declararam que o INSS está adotando todas as medidas necessárias para garantir segurança e proteção aos Servidores, Médicos Peritos Federais e Segurados.
Entretanto, lembramos que em muitas localidades, as agências não estão devidamente preparadas e paramentadas para a retomada dos atendimentos presenciais. E mais, retomando a ata da reunião do mês de julho, resgatamos a informação de que houve uma redução significativa de 35% no orçamento do INSSE deste ano (em comparação a 2019), o que forçou o Instituto a cortar contratos essenciais com serviços de limpeza, vigilância, energia, água e manutenção predial, não descartando, inclusive, o fechamento de unidades por todo o Brasil.
Ora, será que em apensas 55 dias essa situação conseguiu ser revertida?
Por fim, seguimos na luta para superar as dificuldades. A retomada do atendimento presencial é importante, porque quem está sofrendo com todo esse impasse é a população. Entretanto, é preciso que haja condições seguras para o retorno dos peritos, medidas de segurança sanitária e que sejam adotados e cumpridos todos os protocolos para garantir a proteção aos Servidores, Médicos Peritos e Segurados.
Dionízio Martins de Macedo Filho,
Presidente do Sindicato dos Químicos de São João da Boa Vista e
Membro do Conselho Nacional de Previdência Social (pela Força Sindical)