Com o objetivo de debater os desafios e oportunidades da economia circular no país, Francisco Quintino, presidente do Sindicato dos Químicos de Rio Claro, e Cláudio José de Carvalho, presidente do Sindicato dos Químicos de Suzano, representando a FEQUIMFAR, participaram do Fórum “Plásticos: avanços e perspectivas para o Brasil”, realizado nesta terça-feira, 21 de outubro, em Brasília DF.

O evento foi promovido pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), reunindo lideranças empresariais e sindicais, parlamentares, ONGs, representantes do governo federal e do movimento de catadores para discutir os caminhos para a consolidação de um modelo sustentável e eficiente de reaproveitamento de materiais no país.
O encontro aconteceu no mesmo dia da publicação do Decreto nº 12.688, que institui o Sistema de Logística Reversa de Embalagens de Plástico no Brasil. A medida, alinhada à Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece metas nacionais de reutilização e reciclagem para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, promovendo a reintrodução de materiais reciclados em novas embalagens e produtos. Até 2040, o país pretende reciclar 50% e reutilizar 40% das embalagens plásticas, estimulando práticas produtivas mais sustentáveis em toda a cadeia.
Na abertura, o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, destacou que o fórum simboliza “um marco de convergência para um ambiente regulatório justo, sustentável e exequível”, reforçando que o decreto representa um passo decisivo rumo a uma transição ambientalmente responsável, baseada na responsabilidade compartilhada entre setores produtivos, governo e sociedade.
A programação trouxe dois painéis centrais: o primeiro sobre o panorama regulatório no Congresso e no Executivo, e o segundo sobre transição circular e o Tratado Global sobre Poluição Plástica, reforçando o diálogo entre todos os elos da cadeia produtiva e social.
Um dos principais consensos do encontro foi a necessidade de desapensar o PL 1874/2022 do PL 3899/2012, permitindo que o projeto siga de forma independente e preserve sua concepção original. O texto, considerado um marco legislativo essencial para a economia circular no Brasil, garante responsabilidade compartilhada, previsibilidade regulatória e incentiva investimentos em reciclagem, inovação e geração de renda para catadores e trabalhadores da cadeia.
Para Francisco Quintino, presidente dos Químicos de Rio Claro, “é de fundamental importância a participação das entidades de classe representativas dos trabalhadores dos segmentos químicos e plásticos nestes fóruns de debates propositivos, por serem parte diretamente interessada nas deliberações socioeconômicas.”
Cláudio José de Carvalho, presidente dos Químicos de Suzano, destacou que “é essencial que as decisões sobre o futuro do setor incluam quem está na linha de frente da produção e da reciclagem, garantindo empregos de qualidade”.
Fonte: com informações da Abiquim.



















