O 1º de Maio da Força Sindical, que neste ano completa sua 20ª edição, reuniu cerca de 700 mil trabalhadores na Praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo. Como nos anos anteriores, o Dia Trabalhador da Central, além dos shows grandiosos com artistas consagrados e o sorteio de prêmios, está sendo um dia para a reflexão e em defesa das bandeiras de luta da classe trabalhadora.
Neste Dia do Trabalhador da Central, as propostas de reformas do governo foram pautas constantes dos discursos de dirigentes sindicais e autoridades presentes ao evento. E a intensificação da luta com novos “Dias Nacionais de Paralisações, Atos e Greves”, uma realidade cada vez mais próxima.
No Ato Político do 1º de Maio da Força, dirigentes sindicais das mais variadas categorias, e autoridades, deram seus recados a trabalhadores, governo e parlamentares de que não aceitaremos, em hipótese alguma, a retirada de direitos duramente conquistados ao longo dos anos.
Maria Auxiliadora, presidente do Sindicato dos Brinquedos e Instrumentos Musicais, frisou que “estão tirando os direitos dos trabalhadores, principalmente das mulheres”.
O presidente do Sindicato dos Químicos de Bauru e secretário geral da FEQUIMFAR, Edson Dias Bicalho, falou da importância de conscientizar os trabalhadores nesse momento de luta contra as propostas que retiram direitos.
Segundo Sergio Luiz Leite, presidente da Federação dos Químicos e 1º secretário da Força Sindical, “é um engodo dizer que acabar com direitos vai gerar empregos”.
Danilo Pereira, presidente da Força-SP e vice-presidente da FEQUIMFAR, garantiu que, se as propostas do governo forem aprovadas como estão, “quem está desempregado não vai conseguir emprego tão cedo, e quem está prestes a se aposentar, não terá uma aposentadoria digna”.
João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, leu um documento assinado pelos presidentes de todas as centrais garantindo que o Dia 28 de Abril, de Paralisações, Atos e Greves deverá repetir-se, brevemente, em nova(s) data(s).
O presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, destacou a importância de nos mantermos unidos e mobilizados em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra as propostas das reformas previdenciária e trabalhista apresentadas pelo governo.
Em seguida, os três deputados presentes ao 1ª de Maio da Força Sindical deram seus depoimentos: Orlando Silva (PCdoB): “Conclamo a população a jogar um retumbante NÃO, como foi no dia 28, nos ouvidos daqueles que querem suprimir direitos dos trabalhadores”; Roberto Lucena (PV): “O Brasil está vivendo uma encruzilhada. Cabe a nós colocá-lo no rumo certo”; Major Olímpio (Solidariedade): “Esta luta não é só dos sindicatos, do Paulinho e de uns outros poucos. A luta é de todo o povo brasileiro”.
Durante o ato, o público que passou pelo evento pode tirar dúvidas sobre a reforma da Previdência que o governo pretende fazer em uma tenda montada ao lado do palco.
Fonte: Imprensa da Força Sindical.