Nome do atual presidente, que também é vereador do Recife, foi aprovado por unanimidade durante plenária nesta segunda, 20 de fevereiro, em Boa Viagem PE. Presidente reeleito fez um discurso duro, criticando as reformas trabalhistas e da previdência do Governo Temer. Participaram também representantes da direção nacional da Central , o secretário de Relações Sindicais Geraldino dos Santos Silva e do 1º secretário, Sergio Luiz Leite.
Na tarde desta segunda-feira, Rinaldo Júnior, vereador do Recife, foi reeleito, por unanimidade, presidente da Força Sindical de Pernambuco, para os próximos quatro anos e Aldo Amaral, na primeira vice-presidência. A votação ocorreu durante o 4º Congresso Estadual da Força Sindical de Pernambuco, que contou com a participação de representantes da executiva da Força Sindical Nacional, de Pernambuco e de outros estados do Brasil, além da presença dos trabalhadores representados por diversas categorias e seus respectivos diretores. O evento também marcou a filiação à Força Sindical pernambucana de 18 sindicatos da Agricultura Familiar do Agreste, Sertão e Zona da Mata.
Em seu discurso, Rinaldo Junior pregou a unidade da Força Sindical em favor do trabalhador Pernambucano. “Essa gestão será com unidade, que é assim que a gente vai enfrentar os problemas do trabalhador, que são muitos. E essa central é forte e plural. Esse evento só fez corroborar que somos hoje a maior central sindical do estado. Por isso vamos continuar ao lado do trabalhador, nas bases, defendendo os interesses das categorias” disse Rinaldo Junior.
Durante o congresso estadual também foram debatidos temas como ações sindicais para os próximos quatro anos, reforma da Previdência e a reforma Trabalhista, além da conjuntura econômica. Com auditório lotado de sindicalistas, o Congresso teve início pela manhã e seguiu até o final da tarde, no auditório do Hotel Nobile Suítes, que fica no bairro do Pina, em Recife (PE).
As discussões mais incisivas foram centradas no posicionamento da Central com relação às reformas Trabalhistas e da Previdência. O presidente Rinaldo Júnior, fez uma abertura com um discurso duro, criticando as reformas trabalhistas e da previdência, que retiram direitos trabalhistas, conquistados em décadas de luta. “Essas reformas Trabalhistas e da Previdência impostas por esse Governo Temer não trazem nenhuma vantagem para os trabalhadores. Pelo contrário, retiram conquistas históricas, resultado de muita luta, que começou em 1922. Um retrocesso. Não podemos nos calar. O maior poder que temos é o que emana do povo, nas ruas. Por isso vamos para as ruas defender os diretos do trabalhador brasileiro”, ressaltou Rinaldo Junior, na abertura do Congresso.
O ex-ministro Antônio Rogério Magri, presente na plenária, endossou as palavras de Rinaldo Junior. “Fui ministro da Previdência e também do Trabalho. Sei das dificuldades. Mas, venho aqui endossar as palavras do companheiro Rinaldo Junior, presidente da Força Sindical em Pernambuco. Há tempos não vejo uma plenária tão respeitosa. Vemos que a situação no país é muito delicada e precisamos agir urgentemente. Na época, quando fui Ministro, engavetamos as reformas, porque vimos que não era o momento e precisávamos de mais discussão sobre os assuntos pautados na época. Era necessária uma discussão ampla, com participação de toda a sociedade, dos trabalhadores, dos patrões, dos intelectuais, para que todos contribuam. A maioria do Congresso inclusive é aposentada e não representa os trabalhadores”, ressaltou Magri.
Em seguida o ex-ministro convidou o advogado previdencialista, Ney Araújo, para proferir uma palestra sobre o assunto. Para o especialista, a PEC é “irreal”. Um retrocesso social. É o agravamento do empobrecimento no Brasil. E ninguém melhor do que vocês, sindicalistas, formadores de opinião de todo o estado, para levar essa informação para suas bases, para sua comunidade” ressaltou Ney Araújo.
Em seu discurso, o vice-presidente nacional da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, ressaltou a importância dos Congressos Estaduais. Segundo ele, os encontros devem ser o primeiro passo antes de discutir, de forma nacional, as questões do trabalhador brasileiro. O Congresso Nacional da Força Sindical será em Julho deste ano e vai reunir os sindicatos filiados de todo o Brasil, num total de 1648 sindicatos.
“A Força Sindical faz o seu primeiro congresso estadual, num cenário tão complicado em que passa o país, de alto desemprego e instabilidade política. Temos aí milhões de desempregados, além de trabalhadores enfrentando uma dura crise econômica e um empresariado prejudicado pela política do governo Temer. Um ataque à industria e aos empregos. Isso mostra a visão do atual governo, em deixar o país fraco na questão do emprego, da tecnologia, da educação. O cenário das reformas que está sendo construído é para passar por cima dos trabalhadores, por isso nesse momento este debate é muito importante, para refletirmos o papel do movimento sindical na sociedade, pois temos na mão a responsabilidade de defender o direito e as conquistas históricas dos trabalhadores” destacou Torres.
MESA – O presidente Rinaldo Junior dividiu a mesa dos trabalhos com o vice-presidente nacional da Força Sindical e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, do primeiro secretário da Força Nacional, Sérgio Luiz Leite, do secretário de Relações Sindicais da Força Sindical, Geraldino dos Santos, da Secretária de Agricultura Familiar da Força Nacional, Isália Damacena, do presidente da Força Sindical do Ceará, Raimundo Nonato e do presidente da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza (Nelsão).
Fonte: ABBC Comunicação e Assessoria de Imprensa da Força Sindical.