Entrevista: Herbert Passos – Químicos da Baixada Santista

Entrevista: Herbert Passos – Químicos da Baixada Santista

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Força Sindical da Baixada debate, dia 6, com parlamentares, as reformas previdenciária e trabalhista

É histórica a luta dos trabalhadores da Baixada Santista. Parte desta mobilização é retratada no filme Libertários, de Lauro Escorel, que exibe cenas  da greve dos carregadores do café em 1877, no porto de Santos. A garra dos trabalhadores da Baixada perdura até os dias atuais. Herbert Passos, presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada e secretário nacional da Secretaria de Meio Ambiente da Central Santista, é também o coordenador regional da Força Sindical da Baixada Santista. Ele fala sobre as ações que os sindicatos e a Central regional realizam em 2017.Força Sindical – Que ações a Força regional realiza junto com os sindicatos neste ano?

Herbert Passos – Temos três prioridades: o combate ao desemprego, a mobilização dos trabalhadores e a pressão dos dirigentes sindicais sobre os parlamentares federais para que atendam nossas reivindicações nas reformas trabalhista e da Previdência, além de ações na área ambiental.

Força Sindical – Os senhores já marcaram reuniões com os parlamentares?

Passos – Sim. Seguindo a orientação da Força Sindical Nacional e Estadual, teremos reunião para discutir as reformas com os parlamentares que representam a Baixada Santista na próxima 2ª feira, dia 6, às 9 horas, no Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, dirigido pelo Macaé (Marcos Braz de Oliveira).

Força Sindical – Que ações a Central desenvolve na Baixada para reduzir o desemprego?

Passos – A Baixada foi muito penalizada nesta crise. Há dois anos tínhamos 420 mil empregos fixos e, nos últimos dois anos, perdemos quarenta mil. Antes, havia um desemprego latente que foi agravado pela crise. Outro grave problema é a rotatividade de mão de obra, que provocou a perda de quase 10% na renda porque os trabalhadores perdiam o emprego e eram admitidos em outro (quando conseguiam) por um salário menor.

Força Sindical –  O que os sindicatos estão fazendo para resolver esta situação?

Passos – Temos  boa interlocução com as prefeituras e com o Ministério do Trabalho, mas não conseguimos tirar os planos do papel devido à crise. Como temos experiência em fazer seleção de trabalhadores, uma empresa nos procurou oferecendo cinquenta vagas. Apareceram dois mil candidatos. É uma situação angustiante que só será resolvida com a volta do crescimento da economia.

Força Sindical – E na área ambiental o que a Força pretende fazer?

Passos – Aqui na Baixada temos uma situação que exige medidas das mais simples às mais complexas para evitar grandes tragédias e preservar a vida dos trabalhadores. Adotamos medidas de prevenção com as indústrias na finalidade de montar uma área para queimados no Hospital de Cubatão e, também, desenvolvemos a estratégia com a Defesa Civil. Mas ainda não temos um plano de emergência em nível regional.

Força Sindical – Este plano é prioritário?

Passos – A Baixada Santista tem produtos químicos estocados, e entre 30% e 40% da carga de produtos do Brasil passam pela região. Cito três grandes acidentes: o vazamento de gás no terminal portuário do Guarujá, na empresa Localfrio; o incêndio em Santos, que começou na área de responsabilidade da empresa Ultracargo, atingiu seis tanques de combustíveis e durou nove dias; e a explosão na Vale Fertilizantes, em Cubatão.

Fonte: Imprensa da Força Sindical.

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