Com reconhecimento nacional e internacional, a Convenção Coletiva sobre Prevenção de Acidentes com Máquinas Injetoras, Sopradoras e Moinhos no setor plástico já reduziu mais de 90% a incidência de acidentes e mutilações
Dirigentes da FEQUIMFAR (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas no estado de São Paulo), entidade filiada à Força Sindical, CNTQ e IndustriALL, e Sindicatos filiados renovaram hoje as Convenções Coletivas sobre Prevenção de Acidentes no setor industrial plástico.
“Além do papel do movimento sindical na conquista de benefícios econômicos como reajustes salariais e PLR, tratar da saúde do trabalhador no ambiente de trabalho é nossa prioridade. Renovando a Convenção Coletiva Unificada de Segurança em Máquinas Injetoras e Sopradoras de Plástico, estamos fortalecendo ações que visam a proteção dos trabalhadores e a busca por uma melhor qualidade de vida, a partir da prevenção. Assim, garantimos que mais vidas sejam preservadas e valorizadas”, desataca Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical.
Histórico
A primeira assinatura foi realizada em 1995 e o documento tratava do manuseio em máquinas injetoras de plástico. Até início da década de 1990, acidentes de trabalho vitimavam milhares de trabalhadores no setor plástico. Dessa forma, com o objetivo de garantir aos operadores e demais empregados envolvidos na operação e manutenção de máquinas injetoras a segurança no desempenho de suas atividades, a FEQUIMFAR, na gestão de Danilo Pereira da Silva, Sindicatos filiados, e representantes patronais, na pessoa do falecido Ronald Caput, deliberaram uma convenção que garantiu várias conquistas aos trabalhadores. Desde então, a incidência de acidentes e mutilações dos trabalhadores no setor já foi reduzida em cerca de 90%.
Nos anos seguintes, foram também tratadas e celebradas Convenções Coletivas sobre Prevenção de Acidentes com Máquinas Sopradoras e Moinhos, também no setor plástico.
Nestas Convenções, ficou estabelecido que os empregadores tomariam providências para que todos os fatores de segurança fossem priorizados, tais como selo, dispositivos e proteções de segurança. Além disso, também foi priorizado o treinamento dos operadores, cipeiros e demais trabalhadores que estavam em contato com as máquinas. Neste aspecto, a FEQUIMFAR, em parceria com os Sindicatos filiados, realizou uma série de cursos que abrangiam todas as áreas envolvidas na utilização das máquinas injetoras, ou seja, formando desde os operadores até multiplicadores. Destacamos então a Fundacentro, que cedeu todo suporte técnico para as necessidades dos anexos da convenção, bem como o Senai, junto aos posteriores treinamentos.
“A Fequimfar é a instituição que mais capacitou trabalhadores para operação de máquinas injetoras em todo o Brasil. E o resultado disso tudo praticamente eliminou o acidente com essas máquinas. Temos bons resultados, inclusive, na produtividade”, afirma Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical SP e vice-presidente da FEQUIMFAR.
Nos dias de hoje
Já na gestão de Sergio Leite, as Convenções senguem sendo atualizadas e renovadas. Ademais, foi criada uma Comissão Permanente de Negociação no setor plástico, com representantes dos trabalhadores e empregadores, que discute, ao longo de todo o ano, ajustes e melhorias para o setor.
João Scaboli, diretor do departamento de Saúde do Trabalhador da FEQUIMFAR, representante da CPN pelos trabalhadores, diretor do Diesat e adjunto da secretaria de saúde do trabalhador da Força Sindical, destaca que, atualmente, as Convenções de Máquinas Injetoras, Sopradoras e de Moinho são três instrumentos coletivos distintos e que contribuem diretamente com a redução dos números de acidentes nos segmentos industriais do plástico. “Resultado do princípio de boa fé e bom senso entre as partes, trabalhadores e empregadores, sabemos que é de fundamental importância renovar estas Convenções que trazem proteções e dispositivos de segurança para as máquinas, bem como estimulam treinamentos para formação de multiplicadores, e parte do consenso entre as bancadas dos trabalhadores e empregadores em preservar a vida e a integridade física dos trabalhadores e trabalhadoras no ambiente de trabalho”, diz Scaboli.