Na noite dia 9 de abril, durante abertura da XIV SEMANA DA MULHER: DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES E LGBTS, EDUCAÇÃO PARA IGUALDADE EM MARÍLIA, Eliza dos Santos, diretora do Sindicato dos Químicos de Marília, participou da palestra “Precisamos falar de gênero em tempos de retrocesso”, com Amelinha Telles, da União de Mulheres de São Paulo; Mulheres pela Paz; uma das coordenadoras do programa promotoras legais; e da Comissão das Famílias de mortos e desaparecidos políticos.
Abaixo, relato emocionante:
Amelinha falou sobre o feminismo no Brasil, sobre os retrocessos que vivemos hoje e a importância da resistência; falou também sobre como é fundamental a organização de mulheres (coletiv@s, Sindicatos, movimentos sociais e etc.). Também comentou sobre a importância dos recortes de gênero, cor; sobre o feminismo intersecciona.
Mas tocante foi o relato de sua experiência como presa política na Operação Bandeirantes (Oban), a detenção, as torturas, as mortes de pessoas conhecidas/queridas, falou sobre estupro (não só o seu), falou sobre seus filhos de 4 e 5 anos que foram sequestrados e levados para ver os pais sendo torturados.
Graças aos esforços da família Almeida Teles o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, foi declarado torturador, sendo esse o único legalmente declarado no Brasil.
Amelinha começou sua palestra pontualmente às 20h, com uma fala hipnotizante e sem que nenhuma das 150 pessoas saísse da sala ela acabou 2 horas depois; e respondeu por mais meia hora perguntas da plateia, depois pousou para fotos e atendeu que com ela falava. Enfim, noite memorável.
Eliza Santos, Secretária Geral do Sindicato dos Químicos de Marília e Região e
Secretária de Direitos Humanos da Força Sindical Regional São Paulo
