16ª Conferência Nacional de Saúde acontece em Brasília DF

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“Lutamos para fortalecer o Sistema Único de Saúde, que é referência no mundo, no quesito do atendimento básico, vacinações, distribuição de medicamentos e transplantes. Nosso entendimento é que a EC 95, que congelou os investimentos em saúde e educação, tem que ser revogada. Nesta 16ª Conferência, vamos fortalecer os debates no sentido de deliberar ações e políticas que visam a melhoria do SUS”, afirma Scaboli.

O evento teve abertura neste domingo (04/08). O relatório final servirá de bases para as ações da pasta da Saúde

“Direito garantido não se compra e não se vende!”, entoaram em coro as vozes que compõem o maior evento de participação social do Brasil, a 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), que teve sua abertura realizada na noite deste domingo (04/08) com participação de cinco mil pessoas, na capital federal. Mulheres e homens, representando a diversidade da população brasileira, de todos os estados do país, estão juntos para deliberarem a melhoria das políticas públicas desenvolvidas no Sistema Único de Saúde (SUS). Na ocasião, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, garantiu que as demandas serão atendidas.

Antes da etapa nacional, três mil conferências ocorreram em milhares de municípios. Os delegados e delegadas eleitos democraticamente nesse amplo processo participativo estão discutindo 331 propostas que vão subsidiar a construção do relatório final do evento. Em seguida, o documento deve nortear a atuação do Ministério da Saúde (MS) pelos próximos anos por meio do Plano Nacional de Saúde e do Plano Plurianual de Saúde 2020-2023.

O presidente do CNS, Fernando Pigatto afirmou que o SUS é um patrimônio construído por muitas mãos. “Os 30 anos do SUS são uma vitória para a sociedade brasileira. Mesmo nas diferenças, conseguiremos avançar. A 8ª Conferência trouxe a Reforma Sanitária e marcos legais que garantiram o SUS e a participação social. É nossa missão manter o SUS. Precisamos resgatar o sistema de seguridade social no nosso país”, disse em referência às mudanças constitucionais que vêm trazendo agravos à saúde o povo brasileiro.

Pouco antes de subir ao palco, em entrevista ao CNS, o ministro garantiu que levará em consideração as demandas que vão compor o relatório final do evento. “Claro. Vamos receber todas as demandas, classificá-las, aproveitá-las, debater as que estão ligadas com a política pública. Com certeza, dialogar é minha marca. Minha vida inteira foi assim”, afirmou.

Em meio às palavras de ordem que defendiam a saúde como direito, Mandetta iniciou seu discurso defendendo a liberdade e a democracia. Na ocasião, ele destacou a atenção básica em saúde para as regiões que mais necessitam, principal pauta que tem trazido ao governo desde que assumiu a pasta. “É preciso fazer com que nossa Atenção Primária possa levar para o Nordeste e para o Norte os maiores investimentos em saúde no nosso país”.

Homenagem

Na ocasião, os organizadores da 8ª Conferência, realizada em 1986, considerada um marco por definir o SUS na Constituição de 1988, receberam uma homenagem do CNS como “exemplo de resistência e compromisso com o controle social brasileiro”. O evento, que segue até quarta (07/08), é realizado pelo MS e organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), ocorrendo a cada quatro anos. A 16ª Conferência é um espaço garantido pela lei que define o SUS, o CNS e pela Constituição de 1988.

Fonte: Ascom CNS

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