FEQUIMFAR e Sindicatos filiados discutem os impactos da pandemia na saúde mental dos trabalhadores

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A FEQUIMFAR, por meio do Departamento de Saúde do Trabalhador e Departamento de Mulheres e Identidade de Gênero, realizou hoje evento virtual que discutiu os impactos da pandemia na saúde dos trabalhadores (as), em especial, os transtornos mentais.

O evento foi coordenado pelo secretário geral da Federação dos Químicos, Edson Dias Bicalho, e contou com a presença de lideranças da FEQUIMFAR, Sindicatos filiados, dirigentes sindicais de vários estado do país, conselheiros de saúde e convidados, entre eles, Lu Varjão, vice-presidente da IndustriALL representando a América Latina e o Caribe, Jacildo, da CISTT Nacional, e Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde.

Na abertura do encontro, Laura Santos, coordenadora do Departamento de Mulheres e Identidade de Gênero e diretora do Sindicato dos Químicos de Itapetininga e Região, falou da importância do debate, em especial neste período de isolamento pelo qual a população mundial passou, quando índices alarmantes mostraram como os transtornos mentais atingiram ainda mais mulheres, crianças e adolescentes.

João Scaboli, diretor do departamento de saúde do trabalhador da FEQUIMFAR, diretor do DIESAT e membro do Conselho Nacional de Saúde pela Força Sindical, destacou a importância de fortalecer o controle social feito pelos movimentos sindical e social: “A atual conjuntura politica e econômica  não nos faz avançar e continua fazendo com que os trabalhadores adoeçam no ambiente de trabalho. Por isso é que realizamos formações como a de hoje, para que possamos ampliar o nosso conhecimento e levara essas informações para a nossa base, construindo debates para fortalecer a unidade e ação sindical.

Palestras

O palestrante Marcelo Kimati, médico psiquiatra e professor no departamento de saúde coletiva UFPR, destacou que a falta de gerenciamento da pandemia de Covid-19 do governo federal gerou desafios inéditos na saúde mental da população brasileira. “Não existe uma dimensão exata da tragédia, mas o próximo governo terá que fazer uma reflexão profunda o tipo de assistência que deverá ser prestada e quais políticas públicas, porque as questões da saúde mental foram universais, atingindo pessoas muito mais vulneráveis”, explicou.

Fernanda Lou Sans Magano, presidente do Sinpsi SP e Conselheira Nacional de Saúde, falou da importância da atenção primaria e políticas públicas na área da saúde mental, bem como a necessidade da construção de mecanismos de negociação coletiva entre trabalhadores e patrões no sentido de melhorar a saúde física e mental, com indicativos previstos em Convenção Coletiva de Trabalho.

Em sua fala, Pigatto, reforçou que o CNS está convocando a 5ª 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, prevista para maio de 2022 e terá como tema “A Política de Saúde Mental como Direito: Pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”.

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