A pressão para que os eleitores de Ciro Gomes (PDT) mudem de ideia e votem em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) não é restrita ao PT e ganhou apoio também das centrais sindicais. O movimento é relevante porque o PDT, partido de Ciro, é trabalhista e tem a base política escorada no movimento sindical.
Em manifesto a ser divulgado nesta quarta (14), líderes de cinco centrais defendem “reunir o campo progressista para vencer no 1º turno”. A carta é assinada por Miguel Torres, da Força Sindical, Ricardo Patah, da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Oswaldo Augusto de Barros, da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), José Avelino Pereira, da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e José Gozze, da Pública Central dos Servidores. Só a CUT, que é ligada ao PT, não participou do manifesto.
No texto, os sindicalistas se dirigem aos eleitores de Ciro.
“O PDT é um partido próximo de todos nós. Um partido trabalhista que mantém o legado das transformações sociais e democráticas desde Getúlio Vargas”, diz o manifesto. “Reconhecemos também o valor de Ciro como pessoa e como político. Muitos de nós já o apoiamos em outras oportunidades.”
Mas os sindicalistas defendem o voto útil em Lula.
“Os votos daqueles que ainda pretendem votar em Ciro Gomes justamente porque apostam na construção de tempos melhores, farão toda a diferença neste momento, afastando de uma vez por todas a ameaça de continuidade do desgoverno de Bolsonaro.”, diz o manifesto.
“É muito importante que possamos agregar ainda mais nosso campo político e contar com o PDT não só para garantir uma vitória ampla e representativa no primeiro turno, mas também para realizar um governo que devolva a alegria aos brasileiros.”
Fonte: Coluna do Estadão (14 de setembro de 2022)