Encontro Nacional debaterá saúde do trabalhador

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O Cisttão será realizado em Brasília entre 21 e 23 de agosto

Será realizado, entre os dias 21 e 23, em Brasília, o 9º Encontro Nacional das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cisttão), que visa refletir sobre os desafios, impactos e perspectivas para a atuação do controle social em saúde na atual conjuntura, especialmente na qualificação das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora descentralizadas pelo território nacional. Vão participar trezentos especialistas do setor, além das Centrais Sindicais e movimentos sociais.

O representante da Força no Cisttão será o sindicalista João Scaboli, que também integra o Conselho Nacional de Saúde. “No evento vamos falar sobre as conquistas nesta área e a necessidade de preservá-las. Por  exemplo: as normas regulamentadoras, as convenções tripartites estabelecidas nos municípios, estados, em âmbito nacional e internacional, além de garantir a realização de grandes conferências, como a Conferência de Saúde da Mulher e a Conferência de Vigilância e Saúde”, declarou.

Scaboli fez uma análise da conjuntura: “Estamos preocupados com as futuras gerações neste ambiente de terceirização, quarteirização e reforma trabalhista. Aliás, esta nova lei trabalhista não gerou empregos como apregoou o governo”, disse.

“Nós, trabalhadores, queremos geração de empregos com qualidade, mas nos últimos tempos temos visto retrocesso. As estatísticas mostram que o Brasil é o quarto país onde os trabalhadores mais adoecem. E a OMS (Organização Mundial de Saúde) mostra que o Brasil é o quinto com trabalhadores que sofrem de depressão, síndrome do pânico e estresse. Entre 2012 e 2017, foi assustador o número de jovens que adoeceram no ambiente de trabalho”, afirmou Scaboli.

O sindicalista considera que é preciso discutir o auxílio-doença e o auxílio-doença acidentário: “Quando os trabalhadores voltam das licenças, eles são demitidos. É preciso buscar as causas. Queremos soluções onde todos ganhem, governo, trabalhadores e empregadores”, destacou.

Por último, Scaboli disse que a Emenda 95, que congelou gastos da saúde e educação por vinte anos é um retrocesso: “Com o avanço da indústria 4.0, os trabalhadores que perderam o emprego precisam ser requalificados”.

Fonte: Imprensa da Força Sindical.

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