Panfletagem convoca população para cruzar os braços no dia 28 de abril

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Movimento intersindical de Bauru prepara atos e protestos no Dia Nacional de Lutas, contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a Lei da Terceirização

A palavra de ordem é cruzar os braços nesta sexta-feira, 28 de abril, Dia Nacional de Lutas, com o objetivo de barrar as reformas da Previdência e Trabalhista e a Lei da Terceirização, que vão retirar direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Em Bauru, cerca de 30 sindicatos e entidades da cidade e da região estão unidos em uma série de atividades contra as propostas de reforma e realizando panfletagem para chamar os trabalhadores e trabalhadoras para participarem do movimento nesta sexta-feira, que tem agendado um grande ato em frente à Câmara Municipal de Bauru, a partir das 9h. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Fabricação de Álcool, Etanol, Bioetanol e Biocombustível de Bauru e Região (Sindquimbru), a exemplo de outras entidades, além de panfletagem na porta de empresas do seu setor, está também fazendo a divulgação na comunidade, com distribuição de material sobre o Dia Nacional de Lutas em locais de grande concentração de pessoas.

E a população tem se mostrado engajada. “Já tem muita gente informada sobre a paralisação no Dia Nacional de Lutas e dizendo que vai participar”, conta Vanderlei Aparecido Oliveira, 1º tesoureiro do STI Bauru. Ao receber o panfleto, o promotor de vendas Gediael Marinho, por exemplo, contou que já sabia do movimento nacional programado para sexta-feira e que pretende também participar. “O povo tem de exercer seu direito de ter voz ativa nessas propostas de reformas que atinge o povo. Eu não vou trabalhar sexta-feira! E tem colegas meus que também não vão”. Josiane Carvalho, que afirma já está na contagem regressiva para se aposentar, estava indignada. “Com essa proposta da reforma da Previdência, todos os meus planos de aposentadoria estão indo por água abaixo. Se for aprovada, vou ter de trabalhar muito mais… Eu fico indignada com isso. Se a proposta passar, vou sair do meu trabalho e abrir uma microempresa… Assim deixo de contribuir com a Previdência… Se mais gente fizer o mesmo, o que acho que vai ocorrer, quero ver quem vai sustentar a Previdência!”, frisa ela, que é trabalhadora do setor químico.

Entre esta quarta e quinta-feira estão programadas várias panfletagens em Bauru. E na quinta-feira pela manhã os cerca de 30 sindicatos e entidades de Bauru e da região que formam o movimento intersindical contra as reformas reformas da Previdência e Trabalhista e a Lei da Terceirização têm nova reunião para alinhar os detalhes das atividades do 28 de abril. “Convocamos todos os trabalhadores e trabalhadoras para, de forma ordeira, a cruzar os braços e participar de atos e manifestações. Aqui em Bauru vamos reunir a população num grande ato em frente à Câmara Municipal, a partir das 9h. Se o trabalhador não lutar, vai morrer trabalhando. Ou vai trabalhar até morrer”, completa Vanderlei.

O Dia Nacional de Lutas é um movimento nacional intersindical com a participação de sindicatos filiados à Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Conlutas, Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). De Bauru, participam os sindicatos dos Químicos, Ferroviários, Comerciários, Gráficos, Alimentação, Hoteleiros, Construção Civil, dos Aposentados, Servidores Municipais, Cozinhas Industriais, Condutores, Bancários, Sintunesp, Apeoesp, Jornalistas, Sinfuspesp, Afuse, Sindiluz e Sinergia. De Jaú, os sindicatos dos Papeleiros, Gráficos, Calçadistas e Sinprafarma; de Pederneiras, do Sindicato dos Metalúrgicos; de Ipaussu, dos Químicos; de Macatuba, da Alimentação; de Lençóis Paulista, do Sindicato dos Papeleiros; de Duartina, do Sindicato da Construção Civil; de Botucatu, da Construção Civil; e de São José do Rio Preto, do Sindicato dos Condutores.

Fonte: Imprensa do STI Bauru.

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