Na semana passada, no dia 11 de julho, João Scaboli, diretor do departamento de saúde do trabalhador da FEQUIMFAR e membro do CNS pela Força Sindical, participou de encontro do 40º Ciclo de Debates anual sobre Cipas e acidentes de trabalho, realizado na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, em Cotia SP.
No evento, os participantes puderam discutir várias questões, entre elas, os desafios dos trabalhadores frente à reforma da previdência.
Dados trazidos pela técnica do Diesat (Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho) Daniele Corrêa indicam que 95% dos aposentados recebem até dois salários mínimos e a reforma acaba com a atual política de reajuste do benefício, com base no valor do salário mínimo. Ou seja, não haverá mais garantia de correção do valor das aposentadorias.
“Só com muita luta e organização podemos reverter esse quadro. O estrago é brutal. Temos de nos organizar, ajudar a sindicalizar, fortalecer o Sindicato, para a gente enfrentar essa luta, que será muito dura nos próximos anos”, orientou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno.
Durante sua palestra, Scaboli enumerou um conjunto de outros ataques a direitos, em curso desde o governo Temer, como a reforma trabalhista, a lei da terceirização, a intenção de mexer nas normas regulamentadoras, o congelamento de verbas para Saúde e Educação. “Parece que saúde do trabalhador não existe para este governo. São retrocessos que passam por cima das conquistas da conferências de saúde dos trabalhadores, de acordos e convenções coletivas”, explicou. Este não é o caminho para gerar empregos que o trabalhador precisa. “Queremos gerar empregos sadios, onde os trabalhadores não venham a adoecer e até morrer no ambiente de trabalho”, reforçou.
Fonte: com informações de Cristiane Alves (STI Metal de Osasco).