Reajuste salarial da categoria química do estado de São Paulo terá impacto de quase R$ 1 bilhão na economia

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O reajuste salarial de 5,18% conquistado pelos (as) trabalhadores (as) químicos (as) do estado de São Paulo na Campanha Salarial de 2023 (reposição da inflação medida pelo INPC de 4,14% + 1% de ganho real) deve injetar, nos próximos 12 meses, cerca de R$ 991,8 milhões em termos nominais na economia do Estado. Mensalmente o impacto é de aproximadamente R$ 74 milhões. 

Os valores são referentes ao reajuste de uma categoria formada por 302 mil trabalhadores do ramo químico do Estado com data-base em 1º de novembro: abrasivos, adubos e fertilizantes, defensivos agrícolas, fibras artificiais e sintéticas, perfumaria e cosméticos, medicamentos de uso veterinário, plásticos e reciclados plásticos, químicos para fins industriais,  tintas e vernizes.

Na campanha deste ano, os trabalhadores (as) conquistaram o aumento real após 8 anos consecutivos de apenas reposição da inflação. Os aumentos salariais acima da inflação têm impacto direto no PIB. Ao aumentar o poder de compra do trabalhador, a demanda por produtos aumenta, e consequentemente, isso gera impactos positivos em toda a cadeia de produção e consumo.

Sem o ganho real, o impacto do número acima seria menor em R$ 14,9 milhões por mês e R$ 199,1 milhões nos próximos 12 meses. A reposição da inflação apenas garante a manutenção do poder de compra do trabalhador enquanto que o aumento real gera maior demanda por bens e serviços e impulsiona demais setores da economia.

Para chegar nos valores acima, o DIEESE considerou os dados de emprego e remuneração da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e o saldo de contratações do período de janeiro de 2022 a setembro de 2023 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Os dados por atividade, mostram maior impacto para o segmento de plásticos, que concentra o maior número de trabalhadores do setor. A tabela abaixo detalha os valores por atividade econômica:

Fonte: DIEESE.

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