Reforma da previdência: sindicalistas propõem adiamento da votação e maior debate com a sociedade

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“Precisamos debater as propostas de reforma da previdência com toda a sociedade, com mais tempo para dialogar. Temos que ter alternativas para que a conta não fique só com trabalhadores, por isso, os empregadores também precisam fazer a sua parte! Para começar o debate por uma reforma justa da Previdência, temos que acabar com a desoneração da folha de pagamento, cobrar os devedores da Previdência, colocar um fim nos privilégios e cobrar o setor do agronegócio!”
Sergio Luiz Leite,
Presidente da FEQUIMFAR e
1º secretário da Força Sindical

Dirigentes das centrais sindicais Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB se reuniram na tarde desta terça-feira, no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer e os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).

Conforme informou ao site Rádio Peão Brasil, o presidente da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, as centrais tiveram a oportunidade de apresentar suas preocupações e buscar garantir mais tempo para o debate. “É necessário levar em conta demandas já debatidas como, por exemplo, idade, cobrança do agronegócio, e cobrança do INSS de empresas que fecham e acabam não pagando o que devem”, disse. A afirmação foi reiterada pelo secretário da Força Sindical, Sergio Leite: “ Os empregadores tem que dar sua parte para essa reforma! A conta não cabe aos trabalhadores”, disse ele.

Ricardo Patah, presidente da UGT, também informou que Temer demonstrou interesse no diálogo, o que tornou a reunião “produtiva” uma vez que, segundo ele a reforma não pode ser feita de forma “açodada”. Ontem, no programa Roda Viva, da TV Cultura, ele disse que a reforma estava sendo tocada de forma muito apressada e que se for votada neste ano, sem  devido diálogo, vai gerar muita insegurança na sociedade.

Já para o secretário geral da CSB, Álvaro Egea, ficou claro o interesse do governo em votar a reforma da previdência ainda em 2017. “Se não colocarem neste ano, não colocam mais”, enfatizou Egea.

Os sindicalistas também afirmaram que, embora a reunião tenha sido focada na reforma da previdência, a reforma trabalhista também foi mencionada. Michel Temer, segundo informações apuradas, confirmou a tramitação da MP que corrige exageros da reforma, inclusive a sustentação dos sindicatos. Para Egea essa questão “está resolvida”.

O secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, informou ao site que as centrais sindicais vão se reunir na próxima sexta, 8, às 10 horas, na sede da CUT, para avaliar o impacto dos protestos realizados hoje (5) e  a manutenção das manifestações contra a possível votação da reforma da previdência.

Fonte: Rádio Peão Brasil.

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