Desde a semana passada, cerca de 450 trabalhadores da IMBEL (Indústria de Material Bélico do Brasil), unidade de Piquete SP, paralisaram as atividades na empresa para que suas reivindicações fossem atendidas
Na manhã de hoje, dia 26 de setembro de 2017, em assembleia coordenada pelo Sindicato dos Químicos de Lorena, com o apoio da FEQUIMFAR (Federação dos Químicos e Farmacêuticos do Estado de SP), CNTQ (Confederação dos Trabalhadores no Ramo Químico) e Força Sindical, os trabalhadores da IMBEL decidiram encerrar a greve após o Tribunal Superior do Trabalho apontar mediação da negociação das reivindicações da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Químicos de Lorena, Jeferson Ferreira, a proposta da empresa não repunha nem a inflação do período, que ficou em 4,57%. “Enviamos uma contraproposta à IMBEL, mas não tivemos uma posição positiva, por isso, a categoria decidiu entrar em greve. Os trabalhadores decidiram suspender o movimento até que o TST se posicione sobre nossas reivindicações”, disse ele.
“Nos últimos anos, os trabalhadores da IMBEL, liderados pelo Sindicato dos Químicos de Lorena, têm realizado manifestações e mobilizações pelo aumento salarial e melhores condições de trabalho. As negociações sempre têm entraves e obstáculos. A união da categoria em todo o país tem o apoio de nossa Federação dos Químicos de SP e CNTQ, que não medirão esforços para fazer jus às reivindicações dos trabalhadores”, afirma Sergio Luiz Leite, Serginho, presidente da FEQUIMFAR e 1º secretário da Força Sindical.
Histórico
Com data-base em 1º de abril, a categoria entregou a Pauta de Reivindicações aos representantes patronais no mês de março. As principais reivindicações são: reajuste salarial com 3% de aumento real, abono salarial, valorização dos benefícios de alimentação e manutenção das cláusulas.
Entretanto, no decorrer dos meses, a IMBEL fez uma proposta que não repunha nem a inflação do período, que ficou em 4,57%.