13 de maio: 133 anos da Lei Áurea

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Em 13 de maio de 1888, a promulgação da Lei Áurea prometia transformas escravos em homens livres, extinguindo, enfim, a escravidão no Brasil. Entretanto, sabemos que nem tudo aconteceu como o esperado.

Ainda naquela época, a situação dos que se tornaram ex-escravos continuava precária. Marginalizados, sem acesso ao mercado de trabalho, vivendo em condições miseráveis, precisavam conviver com a violência e muitos preconceitos.

Será que é exagero traçar um paralelo com o momento atual?

Uma fotografia dos dias de hoje mostra que a população afro-brasileira vive um cenário de altos índices de violência e desemprego. Dados indicam que muitos vivem em regiões periféricas e tem baixa ou nenhuma renda. Estudo do IBGE apresenta que as pessoas negras ainda ocupam postos de trabalho mais precários e, além disso, em média, recebem 39,4% a menos do que a população não negra.

Portanto, as mazelas da escravidão no Brasil apresentam grandes reflexos em desigualdades sociais que ocorrem até os dias de hoje. A Lei Áurea não garantiu que a população negra se tornasse cidadã e deu continuidade ao ciclo de desequilíbrio social.

Nossa luta é pela liberdade, no sentido real da palavra – com plenas condições de ser livre, com independência e autonomia. Para isso, nossa busca constante por políticas públicas na área da educação, saúde, habitação, trabalho, que possam garantir uma vida digna a todos.

Francisco Quintino,
Presidente do Sindicato dos Químicos de Rio Claro e Região e
Diretor do Departamento de Promoção de Igualdade Racial da FEQUIMFAR

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