8 de Março – Não podemos esquecer. Devemos nos lembrar todos os dias.

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Por Eliza Santos

Não é sobre “Feliz’ Dia Internacional da Mulher; é sobre ser mulher, sobre ser feliz também os outros 364 dias.

É sobre ser e estar consciente, por nós e pelas irmãs que não possuem a mesma opinião; porém precisam de defesa, de uma mão segurando a dela, ainda que ela não entenda o porquê. É sobre praticarmos a SORORIDADE além de nossa VAIDADE; é sobre compreender que podemos ser nós mesmas, individualmente, com nossas escolhas, personalidades, identidades, porque todo ser é único e todo ser merece respeito pelo que é.

É sobre sentir a dor daquela irmã que foi “podada”, por não fazer parte do padrão, ou ainda a dor daquela que se “reprime”.  A busca da perfeição? Ah! A aceitação, uma briga interna e difícil. É sobre não se permitir coisificar, é sobre entender e fazer entender que sentimos como qualquer pessoa; e que somos tão capazes quanto. É sobre olhar, olhar para nós mesmas lá dentro e se sentir plenas, sem restrições, sem medo.

É sobre direitos, de usarmos a roupa que quisermos, de ir onde quisermos, de trabalhar, viver, envelhecer com dignidade. É sobre PODER APOSENTAR enquanto tivermos saúde para aproveitar o tão merecido descanso, após anos de jornada tripla de trabalho, não aposentar quando não tivermos saúde para ser e estar aposentadas.

É sobre resistir, é sobre luta (mesmo que silenciosa), é sobre NÃO sermos violentadas (somos violentadas todos os dias, violentadas intelectualmente, violentadas psicologicamente, fisicamente, sexualmente). É sobre não sermos mortas! É sobre resistência! É fazer acontecer a unicidade, sem cor, sem religião, sem orientação sexual; apenas fazer acontecer.

Temos muito a comemorar; porém, hoje temos muito mais pelo que lutar; ninguém solta a mão de ninguém!

Eliza Santos, Secretária Geral do Sindicato dos Químicos de Marília e Região e
Secretaria de Direitos Humanos da Força Sindical Regional São Paulo

 

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