87º ano do voto feminino: Mulheres na política em defesa de direitos e da previdência

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Em 24 de fevereiro de 1932, após intenso movimento sufragista, as mulheres brasileiras passaram a ter direito ao voto.

Nosso país foi o segundo da América Latina a conquistar o direito ao voto feminino, ficando atrás apenas do Equador.

Atualmente, as mulheres, que são 52,5% do eleitorado do país, representaram 32% das inscrições para concorrer a um cargo eletivo nas eleições gerais de 2018, segundo os dados mais recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se compararmos aos pleitos anteriores, nas últimas eleições tivemos um aumento significativo da presença de mulheres em cargos políticos. Sabemos que essa presença ainda é muito tímida, mas reconhecemos a importância de nossa luta e de que nós, mulheres, devemos ocupar lugares centrais no âmbito político daqui pra frente.

Já começamos 2019 com ataques aos direitos previdenciários, que aprofundam ainda mais as desigualdades entre homens e mulheres. As diferenças e dificuldades encontradas pelas mulheres no mercado de trabalho não foram consideradas, nem mesmo a dupla e tripla jornada, ausência de companheiros na divisão das tarefas domésticas e na educação dos filhos, remunerações inferiores e postos precários de trabalho.

Segundo dados do IBGE, em 2016, as mulheres dedicavam 18,1 horas semanais a cuidados de pessoas ou tarefas domésticas. Os homens, 10,5 horas. A jornada aumenta ainda mais no caso de mulheres negras ou pardas (18,6 horas).

Como vamos conseguir o direito de nos aposentar se encontramos várias barreiras?

Nossa luta é pela consolidação do espaço feminino! Tanto no mundo do trabalho, quanto na política brasileira, com ações que estimulem a participação das mulheres em cargos eletivos efetivamente.

Nesta data, a FEQUIMFAR e seus Sindicatos filiados homenageiam todas as aguerridas companheiras, que, além de serem maioria do eleitorado no país, estão empenhadas em lutas por mais espaço no cenário político, no mercado de trabalho e lutando sempre pela igualdade de oportunidades com equidade.

Laura Santos,
Coordenadora do Departamento da Mulher da FEQUIMFAR e
Secretária de Políticas para Mulheres da Força Sindical São Paulo

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