Neste dia em que reafirmamos a urgente necessidade do combate à exploração sexual e o tráfico de pessoas, aproveitamos para fazer um debate sobre estes problemas que ainda preocupam nossa sociedade, não só no Brasil, mas em todos os cantos do mundo.
Infelizmente, qualquer pessoa pode ser vítima desta tragédia, mas existem alguns grupos que são considerados mais vulneráveis como adolescentes do sexo feminino e mulheres, principalmente as negras, para exploração sexual, prostituição e casamento forçado; crianças, para remoção de órgãos e adoção ilegal; e homens para trabalho escravo ou análogo à escravidão.
O tráfico de pessoas é uma dura realidade e parece estar se expandindo. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimam que 2,4 milhões de pessoas são obrigadas a realizar trabalhos forçados no mundo, e na maioria dos casos, 80% são mulheres ou meninas.
O trabalho forçado e o tráfico de pessoas geram lucros expressivos, que na maioria das vezes estão interligados a uma extensa rede de atividades ilegais, como exploração sexual, evasão de divisas, exploração de mão de obra, golpes fiscais e fraudes na previdência social. Violam gravemente os direitos humanos e dos trabalhadores, privando as pessoas de seus direitos e arruinando sua dignidade.
Entendendo a importância do debate sobre a exploração de pessoas em todo o mundo, devemos pensar e criar mecanismos de como evitar isso.
Temos que chamar a atenção do governo e autoridades para que investiguem e punam de forma mais eficaz esses crimes. Nossos esforços devem ser para que sejam criados cada vez mais programas específicos e debates qualificados pela prevenção e eliminação dessa prática que viola os direitos humanos fundamentais.
Outro fator importante é investir em educação e qualificação profissional principalmente para os trabalhadores em condições vulneráveis, criando condições sociais para que eles não sejam mais sujeitados a essas situações.
DEPARTAMENTO DE MULHERES E
IDENTIDADE DE GÊNERO DA FEQUIMFAR
ATENÇÃO:
Denúncia de crimes contra os direitos humanos
Ligue 100
Denúncia de crimes contra a mulher
Ligue 180
Coração Azul é o símbolo internacional da luta contra o tráfico de pessoas
O Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças surgiu a partir da promulgação da Lei Palácios, há 95 anos, exatamente no dia 23 de setembro de 1913, na Argentina. A lei foi criada para punir quem promovesse ou facilitasse a prostituição e corrupção de menores de idade e inspirou outros países a protegerem sua população, sobretudo mulheres e crianças, contra a exploração sexual e o tráfico de pessoas. Assim, guiado pelo exemplo argentino, no dia 23 de setembro de 1999, os países participantes da Conferência Mundial de Coligação contra o Tráfico de Mulheres escolheram a data como o Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças.
Fonte: Brasil.Gov e Justiça.Gov