Mulheres na política

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Nas eleições deste ano, quando a população vai eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais, o número de mulheres candidatas ainda é desproporcional quando se trata de igualdade de oportunidade entre homens e mulheres. Isso fica ainda mais claro quando consideramos que as mulheres são maioria entre o universo total de eleitores representando 52,5% do eleitorado brasileiro.

No Congresso brasileiro, atualmente, temos 54 mulheres dentre 513 deputados federais e 12 dentre 81 senadores, ou seja, um congresso majoritariamente masculino, com apenas 10% de mulheres. Apesar da mudança da legislação, que obriga os partidos a lançarem mulheres para cargos majoritários como os de governadores, a lei ainda estabelece o preenchimento de ao menos 30% das vagas por cada gênero e só se aplica a cargos proporcionais – deputados, como o que deve ocorrer neste ano. Por isso, as legendas têm total liberdade para deixar as mulheres de fora das disputas pelo executivo.

Vale aqui, fazermos uma observação importante. Não basta simplesmente eleger mais mulheres se elas forem todas brancas e ricas. É preciso garantir que mais mulheres ocupem esses espaços considerando sua pluralidade racial e de classe.

Nós, mulheres, sempre estivemos na luta por nossos ideais, pelo respeito e garantias de direitos, por nosso espaço na construção da cidadania de uma sociedade mais justa e igualitária, com igualdade de oportunidades com equidade, entre homens e mulheres. Enfrentamos grandes barreiras para que hoje pudéssemos exercer o direito de votar e de sermos votadas. O direito para que pudéssemos escolher os nossos representantes não foi tão fácil como muitos pensam… só em 1932, despois de duras e árduas lutas, é que conquistamos este direito!

Portanto, temos o direito de nos indignarmos diante de toda esta conjuntura política e econômica e, neste momento, em conjunto com a classe trabalhadora, irmos às urnas e demonstrar toda a nossa fúria votando de forma consciente!

Então conclamamos a todas as mulheres que exerçam seu direito ao voto! Somos maioria do eleitorado brasileiro, podemos definir quem serão os nossos representes, sejam homens ou mulheres, mas representantes que sirvam a população e que respeitem cada cidadão e cidadã deste país! Candidatos que olhem e ouçam a classe trabalhadora, que contribuam para o crescimento e desenvolvimento da Nação brasileira.

Minha arma é meu voto e não abro mão!

Laura Santos,
diretora do STI Itapetininga e
coordenadora do departamento da mulher da FEQUIMFAR

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