Por Maria Auxiliadora dos Santos
Neste dia 25 de julho, nosso objetivo é chamar a atenção de toda a sociedade para as dificuldades que mulheres negras vivenciam ainda hoje. São obstáculos que elas enfrentam, diariamente, para que seus direitos sejam reconhecidos e para que tenham acesso às políticas públicas.
Segundo dados do Atlas da Violência de 2018, mulheres negras são 50% mais suscetíveis ao desemprego do que outros grupos de pessoas. Além disso, o índice de mulheres negras assassinadas no Brasil é de 5,3 a cada 100 mil. O número é 71% maior do que o de assassinatos de mulheres não negras: 3,1 a cada 100 mil habitantes.
Temos urgência em mudar essa realidade! A inclusão da população negra na sociedade é dever de todos! Por isso, essa data é tão importante e merece mais visibilidade.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha surgiu em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana. Na ocasião, além de instituir a data, criou-se também a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas.
Já no Brasil, 25 de julho é marcado pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. A data foi instituída, em 2014, pela então presidente da República Dilma Rousseff, como forma de homenagear a líder do movimento quilombola do século 18. Tereza de Benguela foi quilombola, rainha e chefe de estado, que viveu no século 18 no Vale do Guaporé. Ela liderou o Quilombo de Quariterê, no estado do Mato Grosso, que resistiu da década de 1730 até o final do século.
Saudamos essas guerreiras que lutam, diariamente, no trabalho, na sociedade, na política e em várias esferas! Que o dia de hoje seja de reflexão e debate! Precisamos fortalecer as ações voltadas às mulheres negras e reforçar a importância desta luta!
Maria Auxiliadora dos Santos,
Presidente do STTI Instrumentos Musicais e Brinquedos,
Secretária da Mulher da Força Sindical e
Coordenadora do Departamento da Mulher da FEQUIMFAR