Presidente Lula marca presença no encerramento da 17ª Conferência Nacional de Saúde

0
443

Nesta semana, João Scaboli, diretor do departamento de saúde do trabalhador da FEQUIMFAR, membro do CNS pela Força Sindical e vice-presidente do DIESAT, participou da 17ª Conferência Nacional de Saúde. O evento foi encerrado ontem, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou do último dia da 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), reunindo milhares de pessoas no auditório do Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, nesta quarta (5/07).

O presidente participou da 17ª CNS acompanhado da primeira dama, Janja Lula, e das ministras Nísia Trindade, Marielle Franco, Esther Dueck e Daniela Carneiro, da Saúde, Igualdade Racial, Gestão e Inovação e Turismo; e dos ministros Márcio Macêdo, Luiz Marinho, Wellington dias e  Paulo Pimenta, da secretária-geral da Presidência, do Trabalho, das Cidades, e da Secretária de Comunicação, respectivamente.

O presidente Lula destacou em seu discurso o que as Conferências de Saúde representam para o país. “Há 37 anos  foi realizada a primeira conferência de saúde desse país, e desde então as conferências têm determinado as melhorias na qualidade da saúde da população. Todas as conquistas que tivemos na saúde são obra e  trabalho de vocês  que fazem as Conferências Nacionais de Saúde”.

O presidente também afirmou que depois da Covid-19, não há nenhum brasileiro e brasileira de boa fé que não reconheça o valor do SUS. “Graças ao trabalho de todos os profissionais de saúde, o trabalho do SUS, não chegamos a um milhão de mortes. O genocida que assumiu esse país tem que pagar pelas mortes que causou”, destacou o presidente. Lula ainda complementou sobre o assunto – “Haverá um dia nesse país que alguém será julgado pela irresponsabilidade e descaso com o SUS, por desafiar a ciência e as instituições da saúde. Isso não ficará impune na história da saúde brasileira”.

Lula também afirmou que não há país com mais de cem milhões de habitantes no mundo que tenha um sistema como o SUS. “Nenhum trabalho dentro do SUS deve ser considerado menor, todo o trabalho deve ser valorizado. Uma sociedade não é medida pela quantidade de pessoas, fábricas e laboratórios, mas sim pela qualidade de vida e respeito que ela recebe.”

O presidente da República destacou ainda o incentivo à participação social implementado em seu governo, e a importância dos mecanismos de escuta da sociedade. “Nesse governo vocês podem falar, reclamar, cobrar, porque nós temos dois ouvidos para ouvir as demandas de vocês.”

Lula também destacou as conquistas alcançadas pelo novo governo e o trabalho que ainda tem de ser feito. “Companheiros e companheiras, essa 17ªCNS não pode simplesmente terminar. Precisamos derrotar o facismo que ainda assola nossa sociedade. Ao invés de ódio e preconceito, queremos o amor. Tenho certeza que vamos mudar esse país.”

O presidente também ressaltou o trabalho executado pela ministra Nísia à frente da pasta da Saúde -“Nós temos uma mulher no ministério da saúde, para cuidar do povo como cuida dos seus filhos”. E ainda destacou a importância do combate ao racismo e preconceito. “Nesse país somos contra todo tipo de preconceito neste país. Somos contra desigualdade de gênero, racial, de trabalho”, afirmou.

A construção do amanhã de um outro dia

Sueli Barrios, representando as trabalhadoras e trabalhadores do SUS, deu início aos trabalhos do dia, fazendo ressoar gritos de apoio à ministra Nísia Trindade, ressaltando a ótima escolha feita pelo presidente à frente da pasta. A conselheira destacou o trabalho feito pelo SUS e o Controle Social durante a pandemia, e o quanto o evento representa o amanhã de um novo dia, com referência ao tema da conferência.

Já o ministro Márcio Macêdo também falou  da dificuldade de chegar a esse momento, e restabelecer os mecanismos de participação no país, afirmando o valor da resistência dos movimentos sociais organizados. “Hoje é um dia histórico em nosso país, essa é a primeira conferência do Governo Lula, depois de 4 anos de retrocessos. Estamos construindo a várias mãos um capítulo importante da história desse país”.

Nísia Trindade pediu união e mãos dadas aos participantes, que ecoaram seu nome em apoio à permanência da ministra à frente da pasta. “Cada delegado e delegada, cada conselho, junto com nós,  estamos reconstruindo o Brasil. Quero agradecer o CNS e a cada um que construiu essa Conferência.”

“Essa conferência é um ato de resistência, mas também um ato de muito trabalho. Pelas teses construídas nas etapas municipais, estaduais e Conferências Livres. Graças ao trabalho incansável do CNS, organizamos essa conferência em seis meses, sendo uma das primeiras ações de nosso governo, desde o primeiro dia da gestão”, destacou a Ministra.

Ainda sobre as propostas e diretrizes que estão sendo construídas  na 17ª CNS, Nísia afirmou comprometimento com as decisões formuladas. “O SUS é uma pauta de toda sociedade, de todo governo. A agenda determinada aqui é a agenda do SUS, pela inclusão e desenvolvimento do Brasil”

Nísia também ressaltou o trabalho dos profissionais de enfermagem, e o empenho do governo para garantia do piso salarial da categoria. “O governo federal trabalha para a implementação do piso da enfermagem. Vamos garantir as nove parcelas previstas para 2003.A categoria da enfermagem demonstrou visão democrática e persistência”.

O presidente do CNS, Fernando Pigatto, em uma fala emocionada, destacou o trabalho realizado pela comissão organizadora da 17ª CNS, e todas as adversidades enfrentadas até esse último dia de Conferência. Pigatto também chamou atenção do presidente da república de como o processo da 17ª CNS contribui para o planejamento das políticas públicas do SUS. “Aqui é sua casa, a casa da democracia, onde todas as pessoas estão empenhadas pelo futuro do Brasil”.

Aos gritos de “inelegível” e “sem anistia”, Fernando Pigatto destacou os crimes contra a saúde e a humanidade realizados na última gestão. “Os crimes do governo anterior não podem ficar impunes”, afirmou. O presidente do CNS ainda ressaltou o trabalho do CNS em defesa da democracia. “O amor sempre vai vencer o ódio, e a esperança sempre vai vencer o medo.”

Finalizando sua fala, Pigatto afirmou que “estamos aqui para radicalizar a democracia”,  em referência a Resolução 712, assinada junto da Ministra Nísia na abertura da Conferência, que instaura a campanha para criação de conselhos locais nas Unidades Básicas de Saúde no país. “Serão mais de 42 mil unidades de saúde com conselhos locais em todo Brasil”, destacou.

Ao término da cerimônia, o presidente Lula foi condecorado com uma placa alusiva à sua participação na 17ª Conferência Nacional de Saúde.

Fonte: SUS Conecta.

Deixe uma resposta