Entrevista com Serginho: Congressos estaduais organizam trabalhadores para o dia 28 de...

Entrevista com Serginho: Congressos estaduais organizam trabalhadores para o dia 28 de abril

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Os congressos estaduais da Central  organizam os trabalhadores para lutar por seus direitos e contra as propostas de reforma trabalhista e da Previdência, além da lei de terceirização. Sergio Luiz Leite, 1º secretário da Força, fala sobre estes temas.

Força Sindical – O senhor tem percorrido os estados realizando os congressos da Força. Como os trabalhadores estão encarando essa conjuntura?
Sergio Luiz Leite, Serginho – Nos congressos os temas são variados, como saúde e segurança e gênero, além da conjuntura, ou seja, os 13 milhões de desempregados, a lei da terceirização recentemente aprovada pelo Congresso Nacional e as propostas de reforma da Previdência e a trabalhista. Em meio a todos esses assuntos, o foco é na conjuntura. Os congressos servem para organizar a luta dos trabalhadores nos estados e para direcionar as responsabilidades: cada sindicato deve orientar os trabalhadores que no dia 28 de abril eles devem cruzar os braços e explicar o motivo.

Força Sindical – As propostas de reforma da Previdência e a trabalhista, além da lei de terceirização intensificam a mobilização dos trabalhadores?
Serginho – Esses três temas unificam a luta dos trabalhadores, dos sindicatos e das centrais sindicais. Queremos uma reforma trabalhista que fortaleça de fato, a autonomia da negociação coletiva. Quero fazer um acordo que a assembleia possa aprovar, parcelar o gozo das férias, se os trabalhadores entenderem que deve ser assim. Se vale,  de fato, o negociado sobre o legislado, quero que respeitem minha assembleia, que determinou a forma de custeio do sindicato. Queremos que isso seja respeitado.

Força Sindical – Mas não é isso que o relator da proposta de reforma trabalhista diz que fará, não é?
Serginho – O relator pegou o caminho inverso. Não privilegia o negociado, retira e flexibiliza direitos e destrói o sistema de financiamento sindical. Para fortalecer a negociação é preciso ter equilíbrio de força. Não é o que o relator quer.

Força sindical – O que precisa então?
Serginho – Para fortalecer a negociação precisa ter amplo direito de greve, por exemplo. O que pode mudar este cenário de guerra contra os trabalhadores é a mobilização, a greve no dia 28 de abril porque o governo está insensível às reivindicações dos trabalhadores.

Força Sindical – Qual é o papel da Central neste contexto?
Serginho – A Força Sindical tem um papel fundamental  na unidade de ação. Fazer mobilização e greves nas bases para fortalecer as negociações com o governo e o Congresso Nacional.

Fonte: Imprensa da Força Sindical.

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