Estadão: fusão entre sindicatos é saída para a crise do fim do imposto sindical

0
442

FEDERAÇÃO DOS QUÍMICOS-SP ESTÁ ENTRE AS ENTIDADES QUE LIDERAM ESSE PROCESSO

BR: Na edição desta segunda-feira 25, o jornal O Estado de S. Paulo decida sua manchete de primeira páginas e duas grandes matérias no Caderno de Economia ao movimento que sindicatos de trabalhadores vêm fazendo para unirem suas estruturas, como forma de driblar a seca de recursos provocada pelo fim, sem compensações, do imposto sindical compulsório. Um destaque é o trabalho que vem sendo feito neste sentido pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de S. Paulo (Fequimfar), de coordenação de fusões, como informa o presidente Sérgio Luiz Leite.

Acompanhe a reportagem do Estadão:

Depois de anunciarem corte de funcionários e venda de imóveis, sindicatos agora planejam a fusão entre entidades como forma de sobreviver ao fim do imposto sindical compulsório, determinado pela reforma trabalhista. Em 2017, antes da mudança, as entidades receberam R$ 3,6 bilhões, ou 90% do imposto arrecadado naquele ano. Em 2018, após a reforma, esse valor caiu 80%. Entre os sindicatos de trabalhadores, a fusão é também uma forma de fortalecer as negociações salariais. O Sindicato dos Empregados da Indústria Alimentícia de São Paulo, que representa 30 mil trabalhadores, vai se unir aos sindicatos de trabalhadores da área de alimentação de Santos e região, de laticínios e de fumo do Estado – eles passarão a representar 50 mil funcionários. Entre as entidades empresariais, está em andamento a fusão entre sete sindicatos da indústria gráfica do Rio.

O estrangulamento do movimento sindical após a reforma trabalhista, que acabou com o imposto sindical compulsório, obrigou entidades de trabalhadores e até de empregadores a buscarem alternativas de sobrevivência que vão além do corte de funcionários e venda de imóveis. Uma estratégia que começa a ganhar adeptos, e na visão de analistas tende a se ampliar, é a fusão de entidades.

No Brasil há 16,6 mil sindicatos (11,2 mil de trabalhadores e os demais de empregadores), além de centrais, confederações e federações. Essas entidades ficavam com 90% da arrecadação do imposto sindical, que em 2017 foi de R$ 3,6 bilhões e, no ano passado, 80% menor.

Fonte: Brasil 2 Pontos.

Deixe uma resposta